A qualidade dos serviços prestados pela empresa Enel em Macaé voltou a ser tema de debate entre os vereadores na Câmara Municipal.
Ainda durante a sessão, alguns dos vereadores se mostraram desacreditados com a situação devido a série de solicitações feitas e não solucionadas pela empresa. Um deles é Denis Madureira (Republicanos). O parlamentar teve dois requerimentos sobre o assunto aprovados na última quarta. Um deles sobre o aumento de carga elétrica na Escola Municipalizada de Educação Infantil (EMEI) Eléa Tatagiba de Azevedo, na Aroeira, e a elevação da rede de média tensão nas imediações da ponte da Barra.
Denis citou que a fiação elétrica está com o cabeamento exposto, ou seja, sem o isolamento adequado, a menos de 5 metros de altura e muito próxima à ponte Delfino de Souza Nunes. Ele também cobrou providências para garantir a segurança dos transeuntes que passam pela ponte da Barra. “É muito desgastante ficar pedindo soluções para os mesmos problemas. Nem a população, nem nós, aguentamos mais a inércia da Enel”, desabafou.
A Prefeitura de Macaé investiu na compra de aparelhos de ar-condicionado para as escolas, mas algumas delas eles sequer podem ser ligados devido a falta de estrutura por parte da Enel, que não aumenta a carga elétrica.
Os vereadores chegaram a se reunir há menos de 15 dias com representantes da Enel para cobrar esclarecimentos. A reunião aconteceu na Câmara a convite do vereador Cesinha (Cidadania).
Enquanto uma solução definitiva não é encontrada, os vereadores cogitam ações mais enérgicas. Tico Jardim (Cidadania) pediu a reativação da frente parlamentar pela melhoria dos serviços de energia elétrica na cidade. “Desde o meu primeiro mandato fazemos esse debate na Casa. Se for preciso, vamos ao Rio e em Brasília novamente. Vamos levar o problema aos deputados federais e à Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O importante é encontrar uma solução”,defendeu.
A vereadora e ex-secretária de Educação Leandra Lopes (PT) relatou que há cerca de 15 escolas sem climatização devido a inoperância da Enel. E outras 23 que não puderam ter seus padrões de energia alterados pela prefeitura porque funcionam em imóveis alugados. “Neste caso, há um impedimento legal. E sem a troca do padrão a Enel não pode alterar a carga elétrica”.Luciano Diniz (Cidadania) lembrou os avanços feitos na gestão passada e frisou que a Enel é uma empresa privada e não uma estatal e, como tal, precisa fazer investimentos e responder às solicitações dos usuários.
Rond Macaé (PSDB) aproveitou para pedir a extensão da rede elétrica para toda a Ilha Leocádia, já que atualmente apenas uma parte da localidade dispõe de energia elétrica.