A divulgação da edição nº 1332 – Ano VI do Diário Oficial de Macaé, publicada em 15 de novembro de 2025, parece que não teve tanta aprovação entre os moradores da cidade e dividiu opiniões. O documento revelou a contratação de serviços de decoração natalina no valor exato de R$ 11.182.822,00, assinada pela Secretaria de Turismo, e imediatamente transformada em alvo de duras críticas, protestos e revolta popular.
O anúncio, que deveria ser apenas parte do calendário festivo de fim de ano, tornou-se motivo de indignação generalizada. A população questiona como o governo municipal, sob a gestão do prefeito Welberth Rezende, encontra espaço no orçamento para investir mais de R$ 11 milhões em luzes, enfeites e estruturas, enquanto serviços essenciais — especialmente a saúde — seguem sofrendo com falhas graves, falta de insumos e precariedade.
Moradores relatam que as unidades de saúde convivem com escassez de materiais simples, como esparadrapo e insulina, além de problemas crônicos de manutenção. Banheiros quebrados, infiltrações, equipamentos danificados, longas filas e espera excessiva para consultas e exames fazem parte da rotina de quem depende da rede pública.
“É um desrespeito com quem depende da rede pública. A cidade toda sofre com a falta de remédios e profissionais, mas para enfeite sempre tem dinheiro sobrando”, desabafou uma moradora, usuária de insulina.
O valor investido na decoração é considerado desproporcional até mesmo quando comparado com cidades de porte semelhante, levantando suspeitas sobre prioridades distorcidas e planejamento inadequado da administração municipal.
A repercussão tem sido intensa e vêm ganhando força nas redes sociais, reunindo reclamações, imagens de unidades de saúde deterioradas e críticas direcionadas à atual gestão.
Até o momento, a Prefeitura não se pronunciou oficialmente sobre a polêmica, aumentando o clima de insatisfação e desconfiança.
O contraste entre o esplendor das luzes de Natal e a situação dos setores essenciais acendeu um debate urgente na cidade:
quais são as verdadeiras prioridades da administração municipal?
Em meio a postos de saúde e o próprio Hospital Municipal, insumos em falta e uma população cansada de descaso, o gasto milionário expõe uma escolha de governo que muitos consideram injustificável — e que promete seguir repercutindo intensamente nas próximas semanas.






