PGR pede arquivamento de inquérito e soltura de sócio do ‘Careca do INSS’

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Uma nova reviravolta marcou os trabalhos da CPMI do INSS e acirrou os ânimos no Congresso Nacional. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento do inquérito que levou à prisão do empresário Rubens Oliveira Costa, apontado como sócio do conhecido “Careca do INSS”, além da imediata soltura do investigado.

Segundo a manifestação da PGR, a prisão de Rubens Costa não se sustenta do ponto de vista jurídico. O órgão entendeu que não há elementos suficientes para manter a detenção, determinada após a CPMI alegar que o empresário teria mentido durante depoimento prestado à comissão parlamentar.

A decisão foi recebida com forte reação por parte do presidente da CPMI, senador Carlos Viana, que criticou duramente o pedido de arquivamento. Para ele, a medida enfraquece o combate às fraudes investigadas pela comissão. Viana afirmou que a CPMI conduz uma apuração própria e que não pretende recuar.

“A CPMI tem uma investigação paralela. O processo judicial na Justiça é outra coisa. Vou pedir à Advocacia do Senado para recorrer, mas isso mostra como, no Brasil, infelizmente, combater a corrupção é um desafio que muitas vezes ultrapassa o que a gente acredita ser possível”, declarou o senador.

A CPMI do INSS foi instaurada para investigar um suposto esquema bilionário de fraudes envolvendo benefícios previdenciários, que teria causado prejuízos significativos aos cofres públicos. O caso ganhou repercussão nacional após denúncias de uso de informações privilegiadas, atravessadores e empresas de fachada para obtenção indevida de benefícios.

Com o pedido da PGR, o episódio se transforma em mais um capítulo explosivo da comissão, evidenciando o embate entre o Legislativo e o sistema de Justiça. Enquanto a Procuradoria defende o arquivamento por ausência de base legal, a CPMI promete reagir e manter as investigações, sinalizando que o desfecho do caso ainda está longe de ser definitivo.