Atos da direita no 7 de Setembro unem protestos contra Moraes e pedidos de anistia

A Gazeta Popular
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Com o lema “Reaja, Brasil”, a oposição e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preparam manifestações em dezenas de cidades do país neste domingo, 7 de Setembro. As principais pautas das manifestações são a anistia para os presos do 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Os organizadores acusam o magistrado de “ruptura democrática e abuso de poder”. Confira no fim da matéria a lista com alguns dos atos programados no 7 de Setembro.

Em 2025, os atos ocorrem em meio a um cenário político que inclui o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), denúncias contra o ministro Alexandre de Moraes reveladas pelo ex-assessor Eduardo Tagliaferro, a CPMI do INSS, e as tentativas de avançar com a pauta da anistia no Congresso.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deverá participar da manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), segundo informações da assessoria do pastor Silas Malafaia. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também devem comparecer ao mesmo evento. Em Belo Horizonte (MG), a mobilização contará com a participação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Em Brasília (DF), o ato ocorrerá no estacionamento da Funarte, atrás da Torre de TV, por recomendação da Polícia Militar. Entre as autoridades confirmadas na capital federal, estão a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o senador Izalci Lucas (PL-DF), a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e o ex-desembargador Sebastião Coelho (Novo-DF).

O pastor Silas Malafaia é um dos grandes mobilizadores para as manifestações por meio das redes sociais. Ao convocar o povo às ruas, ele diz que o ato é em favor da “liberdade” e contra a “perseguição política vergonhosa”, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na mesma linha, o senador Flávio Bolsonaro publicou uma mensagem de mobilização e afirmou que a manifestação é um “grito de liberdade”. “Não se mata uma ideia! No dia 7 de setembro, seremos milhões de brasileiros nas ruas, unidos em um só grito de liberdade. Não apenas pelo presidente Bolsonaro, mas por todos aqueles que hoje sofrem com a tirania de poucos. É a voz do povo que ecoará, é o Brasil que se levantará! Vamos às ruas! Que Deus abençoe o nosso Brasil”, disse o senador.

O ex-desembargador Sebastião Coelho, por sua vez, criticou as articulações políticas e as iniciativas para a anistia. “No dia 7 de Setembro, todos nas ruas! É a hora de mostrar que não aceitamos trocas políticas, mentiras de golpe de estado e perseguições. Essa anistia que estão articulando é uma farsa! O Congresso já teve várias oportunidades e sempre nos enganou. Vamos juntos lutar por justiça, anistia e por um novo Brasil”, afirmou.

Coelho se referia à proposta do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), aliado do Palácio do Planalto, que articula uma versão reduzida da anistia, apelidada de “anistia light”. Essa versão do texto abrandaria as penas dos condenados pelos atos do 8 de janeiro, mas excluiria Bolsonaro e os líderes dos atos.

Já o vice-líder da oposição, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), reforçou que o 7 de Setembro “é a oportunidade do povo mostrar que não aceita perseguições e que defende um Brasil livre e soberano”. “Vamos às ruas de forma pacífica, mas firme, para reafirmar que nossa independência e nossa liberdade não são negociáveis”, disse.

O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), também enfatizou que os atos pelo Brasil são para manter acesa a “chama da indignação”. Segundo ele, “não podemos banalizar o fato de que a justiça está sendo ultrapassada, que o arbítrio está estabelecido, que as pessoas estão sendo caladas e emudecidas em nome de uma pretensa democracia de fachada”. “Pela liberdade, pela anistia, pelo fim das injustiças e da perseguição contra a direita no Brasil”, afirmou.