Delegado baleado em operação no Rio diz que criminoso se passou por policial usando senha da corporação

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O delegado da Polícia Civil Bernardo Leal, ferido durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, contou que foi surpreendido por um criminoso que se passou por policial ao usar corretamente a comunicação interna da corporação instantes antes de atirar. O depoimento foi dado em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.

De acordo com Bernardo, a equipe avançava por um beco estreito em meio a um confronto intenso quando um homem apareceu vestindo roupas semelhantes às dos agentes, incluindo uniforme e colete pretos. Em meio à troca de tiros, os criminosos teriam conseguido ouvir e memorizar a senha e a contrassenha usadas pelos policiais para identificação em campo.

“O confronto estava muito forte. Durante os ataques, eles conseguiram escutar a senha e a contrassenha. Quando ele falou a senha correta e, em seguida, respondeu com a contrassenha, eu me senti mais seguro e me movi. No momento em que corri para a direita, ele atirou na minha perna”, relatou o delegado.

Ferimento grave e amputação

O disparo atingiu o fêmur de Bernardo, rompendo a artéria e a veia femoral, o que provocou uma hemorragia severa. O delegado foi socorrido em estado gravíssimo e chegou ao hospital com apenas 3% de chance de sobrevivência, segundo os médicos. Para estabilizá-lo, foram necessárias cerca de 30 bolsas de sangue.

Inicialmente, a equipe médica realizou a amputação da perna abaixo do joelho. No entanto, devido à falta de circulação sanguínea, o procedimento precisou ser ampliado, resultando na amputação acima do joelho.

O caso evidencia o nível de risco enfrentado pelas forças de segurança durante operações em áreas dominadas pelo crime organizado e levanta alertas sobre a necessidade de revisão dos protocolos de identificação em situações de confronto extremo.