Um número crescente de mulheres está dizendo “basta” — e não são jovens em início de vida conjugal. São mulheres com décadas de casamento, muitas já com filhos adultos, algumas avós, que decidiram se divorciar após os 50, 60 e até 70 anos.
Contents
Um número crescente de mulheres está dizendo “basta” — e não são jovens em início de vida conjugal. São mulheres com décadas de casamento, muitas já com filhos adultos, algumas avós, que decidiram se divorciar após os 50, 60 e até 70 anos. Esse fenômeno vem sendo chamado de “divórcio grisalho” e reflete transformações profundas na forma como envelhecemos, nos relacionamos — e, principalmente, como as mulheres passaram a enxergar a si mesmas.Como advogada de família, vejo isso acontecer com frequência crescente no Brasil. E, na minha opinião, o recado é claro: as mulheres não aguentam mais viver em casamentos infelizes. Elas querem ser felizes. E têm todo o direito de buscar essa felicidade — sem culpa, sem medo, sem rótulos.Durante muito tempo, o papel feminino foi associado à tolerância, à renúncia, à manutenção da estrutura familiar a qualquer custo. Mas essa geração que hoje chega à maturidade fez um percurso diferente. Muitas trabalharam fora, conquistaram independência financeira, criaram os filhos praticamente sozinhas, cuidaram dos pais idosos — e agora, com o “ninho vazio”, olham para o parceiro ao lado e se perguntam: “Ainda faz sentido continuar aqui?”Para muitas, a resposta é não. E isso não significa egoísmo, nem impulso. É maturidade emocional. É o direito de escolher uma vida mais leve, mais livre, mais verdadeira — mesmo que isso signifique recomeçar sozinha.O divórcio grisalho também desafia o olhar social que romantiza a longevidade do casamento como sinônimo de sucesso. Um casamento longo pode ter sido, sim, um espaço de construção. Mas também pode ter sido um lugar de silêncio, de anulação, de solidão a dois. E quando a mulher percebe isso, muitas vezes depois de uma vida inteira tentando manter a harmonia, ela escolhe sair — não por fraqueza, mas por força.Essas mulheres entenderam algo fundamental: a vida é agora. E todos os dias são dias para ser feliz. Não existe idade para recomeçar. Não existe prazo de validade para o amor-próprio.O direito de família precisa estar pronto para acolher essas escolhas, garantindo segurança jurídica, orientação clara e respeito. Porque o divórcio na maturidade não é o fim — pode ser, e muitas vezes é, o verdadeiro Recomeço.É hora de parar de tratar essas mulheres como “coitadas que vão envelhecer sozinhas”. Muitas estão mais vivas do que nunca. E sabem, com todas as letras, o que querem: paz, respeito e felicidade — agora.Vamos conversar! Deixe sua opinião nos comentários. 👇
Esse fenômeno vem sendo chamado de “divórcio grisalho” e reflete transformações profundas na forma como envelhecemos, nos relacionamos — e, principalmente, como as mulheres passaram a enxergar a si mesmas.
Como advogada de família, vejo isso acontecer com frequência crescente no Brasil. E, na minha opinião, o recado é claro: as mulheres não aguentam mais viver em casamentos infelizes. Elas querem ser felizes. E têm todo o direito de buscar essa felicidade — sem culpa, sem medo, sem rótulos.
Durante muito tempo, o papel feminino foi associado à tolerância, à renúncia, à manutenção da estrutura familiar a qualquer custo. Mas essa geração que hoje chega à maturidade fez um percurso diferente. Muitas trabalharam fora, conquistaram independência financeira, criaram os filhos praticamente sozinhas, cuidaram dos pais idosos — e agora, com o “ninho vazio”, olham para o parceiro ao lado e se perguntam: “Ainda faz sentido continuar aqui?”
Para muitas, a resposta é não. E isso não significa egoísmo, nem impulso. É maturidade emocional. É o direito de escolher uma vida mais leve, mais livre, mais verdadeira — mesmo que isso signifique recomeçar sozinha.
O divórcio grisalho também desafia o olhar social que romantiza a longevidade do casamento como sinônimo de sucesso. Um casamento longo pode ter sido, sim, um espaço de construção. Mas também pode ter sido um lugar de silêncio, de anulação, de solidão a dois. E quando a mulher percebe isso, muitas vezes depois de uma vida inteira tentando manter a harmonia, ela escolhe sair — não por fraqueza, mas por força.
Essas mulheres entenderam algo fundamental: a vida é agora. E todos os dias são dias para ser feliz. Não existe idade para recomeçar. Não existe prazo de validade para o amor-próprio.
O direito de família precisa estar pronto para acolher essas escolhas, garantindo segurança jurídica, orientação clara e respeito. Porque o divórcio na maturidade não é o fim — pode ser, e muitas vezes é, o verdadeiro Recomeço.
É hora de parar de tratar essas mulheres como “coitadas que vão envelhecer sozinhas”. Muitas estão mais vivas do que nunca. E sabem, com todas as letras, o que querem: paz, respeito e felicidade — agora.
Vamos conversar! Deixe sua opinião nos comentários. 👇
Quer saber mais? Me acompanhe em minhas redes sociais:
ADRIANA DE ANDRADE RAMOS BORRACHINI
Graduada pela Universidade Nove de Julho/SP
Especialista em Divórcio, Guarda e Pensão Alimentícia
Instagram: @adrianaborrachini_advogada
Facebook: Adriana Borrachini
TikTok: @adrianaborrachini
Kwai: @adrianaborrachini
LinkedIn: Adriana Borrachini
WhatsApp: (22) 98858-4139