Congresso do Cidadania expõe aliança de Welberth Rezende com o lulismo e reforça alinhamento do partido à esquerda
O que até pouco tempo era tratado nos bastidores agora se revela sem disfarces: o Congresso Estadual do Cidadania 23, realizado neste sábado (29) na Câmara Municipal do Rio, escancarou a rota política que o prefeito de Macaé, Welberth Rezende, escolheu seguir — e ela passa diretamente pelo palanque de Lula em 2026.
A presença de Eduardo Paes, prefeito do Rio e um dos mais fiéis operadores políticos do presidente Lula no estado, não foi mero gesto de cortesia e simbolizou a consolidação do alinhamento entre Welberth, o Cidadania e o projeto lulista para os próximos anos.
Durante a eleição de 2024, Welberth já havia contado com apoio explícito do PT para sua reeleição em Macaé. No congresso deste fim de semana, o cenário não apenas se repetiu — ganhou musculatura. O prefeito macaense agora deve retribuir o gesto, indicando apoio à pré-candidatura de Eduardo Paes ao governo do Estado em 2026, reforçando o palanque que Lula tenta montar no Rio.
O Cidadania, que tenta se vender nacionalmente como um partido de “centro moderado”, mostrou mais uma vez que sua identidade histórica permanece profundamente enraizada no campo progressista. Herdeiro direto do PPS e, antes dele, do antigo PCB, o partido nunca deixou de orbitar a esquerda — e o evento deste sábado apenas tornou a tendência mais explícita.
O Cidadania reafirmou publicamente seu alinhamento ao lulismo, abrindo caminho para uma composição ampla em 2026
O congresso marcou o início da fase “assumida” dessa aliança. A partir de agora, Welberth Rezende deixa o discurso ambíguo de lado e entra oficialmente no campo governista, aproximando-se não apenas do PT, mas de todo o projeto nacional do presidente Lula.
O encontro, que deveria representar um momento interno do partido, transformou-se em um verdadeiro ato político de adesão. Um recado claro para 2026: o Cidadania, Welberth e Paes estão no mesmo palanque.








