O cientista político Felipe Rodrigues avalia que a pressão das ruas pode influenciar as decisões do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), especialmente diante da força simbólica que o caso Débora adquiriu no debate sobre a anistia.
No entanto, ele pondera que a adesão ao último ato convocado por Bolsonaro não foi tão expressiva quanto as mobilizações anteriores.
“Além disso, quando se trata de manifestações relacionadas ao contexto do 8 de janeiro, muitas pessoas têm receio de ir às ruas e se expressar, temendo possíveis associações ou consequências jurídicas futuras”, afirma.
Rodrigues também destaca que o próprio Judiciário tem dado sinais de cautela em relação à pressão popular. “A suspensão de julgamentos com pedidos de vistas e a recente concessão de prisão domiciliar à Débora indicam um movimento para reduzir essa pressão”, analisa.
Para ele, Hugo Motta precisa equilibrar diferentes pressões – das ruas, do STF, do governo e da oposição – e a manifestação de domingo será um fator relevante nesse cálculo. “A dimensão do ato será um termômetro importante, mas não será o único fator que definirá os próximos passos da Câmara sobre a anistia e outras pautas sensíveis”, afirma.
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O cientista político Felipe Rodrigues avalia que a pressão das ruas pode influenciar as decisões do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), especialmente diante da força simbólica que o caso Débora adquiriu no debate sobre a anistia.No entanto, ele pondera que a adesão ao último ato convocado por Bolsonaro não foi tão expressiva quanto as mobilizações anteriores.“Além disso, quando se trata de manifestações relacionadas ao contexto do 8 de janeiro, muitas pessoas têm receio de ir às ruas e se expressar, temendo possíveis associações ou consequências jurídicas futuras”, afirma.Rodrigues também destaca que o próprio Judiciário tem dado sinais de cautela em relação à pressão popular. “A suspensão de julgamentos com pedidos de vistas e a recente concessão de prisão domiciliar à Débora indicam um movimento para reduzir essa pressão”, analisa.Para ele, Hugo Motta precisa equilibrar diferentes pressões – das ruas, do STF, do governo e da oposição – e a manifestação de domingo será um fator relevante nesse cálculo. “A dimensão do ato será um termômetro importante, mas não será o único fator que definirá os próximos passos da Câmara sobre a anistia e outras pautas sensíveis”, afirma.Publicidade
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