Novos empresários entram na disputa por contratos e influência na Prefeitura de Araruama

A Gazeta Popular
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As movimentações nos bastidores políticos de Araruama continuam revelando novas peças no tabuleiro do poder. Após as denúncias envolvendo o novo procurador-geral Ronan Sena Gomes, suspeito de ser um elo em um esquema de propinas comandado pelo empresário Lucas Gomes Silva (Luquinhas), agora surgem novos nomes fortemente ligados às articulações por contratos públicos na cidade: os empresários Fernando Castro, mais conhecido como Fernando da Papelaria, e Bruno Melo.

Segundo fontes, Fernando e Bruno estariam negociando espaços estratégicos dentro da Prefeitura de Araruama. O foco dessas tratativas envolve contratos de peso nas áreas da educação e da saúde, setores que tradicionalmente movimentam grandes quantias do orçamento público.

A conexão com a gestão municipal e as novas articulações

Além das já conhecidas ligações com o procurador Ronan Sena Gomes, as novas informações indicam que Fernando e Bruno também estariam em diálogo direto com o advogado Estevão, atual procurador-geral do município de Itaguaí. Apesar de ocupar esse cargo em outra cidade, Estevão tem forte influência sobre a prefeita de Araruama, Daniela Soares, e estaria atuando nos bastidores para facilitar a entrada desses empresários em contratos dentro da administração municipal.

Essa articulação reforça as suspeitas de que a base política de Daniela estaria sendo construída com apoio de grupos empresariais em troca de concessões vantajosas. A influência de advogados e procuradores municipais em processos licitatórios, além da nomeação de pessoas alinhadas a esses interesses, acende um alerta sobre a transparência e lisura dos contratos públicos que estão sendo firmados.

As ligações perigosas: propinas, agressões e escândalos eleitorais

Essas novas revelações se somam ao já controverso histórico da atual gestão. O procurador Ronan Sena Gomes foi recentemente citado em um esquema de propinas milionárias vazado pela ex-esposa de Lucas Gomes Silva (Luquinhas), empresário que estaria pagando R$ 55 mil mensais a Ronan para garantir influência em licitações públicas.

Além disso, Ronan também foi alvo de investigações da Polícia Federal em 2022, quando um Porsche com R$ 138 mil em dinheiro vivo foi apreendido junto a material de campanha dos políticos Chiquinho da Educação e Carlos Russo. No carro, foi encontrada uma planilha que detalhava um possível esquema de compra de votos, levantando ainda mais suspeitas sobre o histórico de atuação do procurador.

Com a entrada de Fernando da Papelaria e Bruno Melo nas negociações, o escândalo se amplia e lança luz sobre como a administração municipal estaria sendo fatiada entre grupos de interesse. A influência de advogados e procuradores de outros municípios, como Estevão, apenas reforça o questionamento sobre quem realmente está no comando das decisões políticas e financeiras da cidade.

Até o momento, a prefeita Daniela Soares, o procurador Ronan Sena Gomes, o advogado Estevão, Fernando da Papelaria e Bruno Melo não se manifestaram sobre as denúncias. Nossa equipe continuará acompanhando o caso e buscando esclarecimentos junto às autoridades responsáveis.

 


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