As eleições municipais de 2024 mostraram uma distribuição interessante do poder partidário no Brasil. O PL (Partido Liberal), com raízes no bolsonarismo, destacou-se com um número expressivo de prefeitos eleitos, mas sofreu quedas em grandes capitais. O MDB e o PSD também garantiram forte presença, consolidando seu espaço em diversas cidades. A polarização que dominou as eleições presidenciais de 2022 pareceu perder força, abrindo espaço para partidos de centro e coalizões variadas.
De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PL ainda aparece como um dos partidos com maior número de prefeitos eleitos, especialmente em cidades médias, mas perde espaço em capitais importantes. Já o MDB e o PSD fortaleceram suas posições no cenário político, mostrando força regional e estabilidade. Partidos como PT e PSOL, que surfaram na onda da polarização, também apresentaram avanços, especialmente nas regiões metropolitanas, embora de forma mais concentrada em nichos eleitorais.
O grande desafio agora será como essas dinâmicas vão se refletir nas eleições gerais de 2026. O cenário aponta para uma redução da polarização extrema, com um aumento do pragmatismo político. O futuro pleito deve ser marcado por coalizões amplas, com candidatos que busquem dialogar com diferentes setores da sociedade.










