Qual a importância do G20 no Brasil?

A Gazeta Popular
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Vivemos tempos de uma crise ambiental sem precedentes, assistimos a um genocídio escandaloso na Palestina e, nos últimos anos, vimos o 1% mais rico do mundo se apropriar de dois terços da riqueza global. Diante de tudo isso, parece haver pouca conança de que os maiores líderes globais sejam capazes de apontar caminhos de paz e justiça. É nessa encruzilhada histórica, de crescimento da direita e de ssuras que apontam para a construção de um mundo multipolar[1], que acontece o 19° Encontro do G20, grupo formado pelas maiores 19 º economias do
mundo, a União Europeia e a União Africana. Os rumos denidos por esse grupo impactam a vida de todo planeta, gostemos disso ou não.

A reunião acontecerá nos próximos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, com o Brasil na Presidência temporária do G20. Além disso, o Brasil hoje exerce um papel importante na política global, em especial
por 3 razões:

1. Atuação na construção de um mundo multipolar: O Brasil tem se posicionado como um país que não se submete ao imperialismo estadunidense, sendo um dos fundadores dos BRICS – um bloco de economias emergentes com poder para integrar processos internacionais e fortalecer a negociação multilateral;

2. Voz do Sul Global: Temos sido um dos porta-vozes do sul global internacionalmente, defendendo pautas de reparação e justiça para os povos historicamente marginalizados;

3. Defesa de temas prioritários: O país busca estruturar o debate com a comunidade internacional a partir de temas prioritários como a crise ambiental, o combate à pobreza e novos modelos de governança.

Em um mundo marcado por tantos retrocessos, construir essas trincheiras é um exercício fundamental, ainda que envolva contradições e conflitos.

O que esperar do G20?

Até o momento, diversos grupos de engajamento temáticos e espaços de auto-organização dos movimentos sociais têm preparado o terreno para o encontro, incluindo a Cúpula dos Povos e a Cúpula Social.

A expectativa é que mais de 10 mil representantes de movimentos e organizações sociais estarão presentes em cerca de 200 atividades autogestionadas. Nós vamos contribuir com alguns destes espaços e identificamos os estratégicos nesse processo:

2. Apontar que um outro mundo já existe e ele pulsa nos territórios:
Promover o intercâmbio de tecnologias populares entre movimentos nacionais e internacionais para construir políticas públicas que fortaleçam a participação popular e processos de governança global. É essencial consolidar a ideia de que essa governança deve ser construída de forma contínua e não apenas em torno de grandes eventos. Isso vale tanto para o G20 quanto para a COP30, que será realizada no próximo ano em Belém;

3. Lutar por justiça climática já: Avançar na pauta ambiental, popularizando o debate sobre adaptação e prevenção de riscos no espaço urbano, com foco nas periferias como áreas tanto impactadas pela crise
climática quanto produtoras de soluções. Essa é uma pauta estrutural e precisa ser incorporada de forma a gerar processos de organização em massa.

A taxação de grandes fortunas também é uma pauta em debate. Apesar de não ter sido aprovado no recente pacote de reforma tributária no Congresso brasileiro, a proposta tem ganhado apoio internacional e pode
aparecer nos debates do G20.

Outro marco importante é a construção de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O MTST estará presente nos debates, não só com as Cozinhas Solidárias, mas também apresentando a experiência da Missão
Josué de Castro, uma iniciativa construída em parceria com movimentos como o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), a Federação Única de Petroleiros (FUP),
Articulação foda Povos Indígenas (APIB) e outras organizações. A missão visa alimentar 5 milhões de brasileiras e brasileiros, e também promover sistemas alimentares baseados na agroecologia.

1. Avançar na promoção da soberania dos povos e no combate à mercantilização da vida: Diante da fragilidade dos organismos multilaterais, é essencial que os movimentos sociais recuperem a capacidade de repensar o sistema, atuando de forma integrada e articulada. É fundamental que as ações sejam complementares, com
foco no combate à fome e às desigualdades, buscando arranjos que ampliem o acesso a direitos e promovam a desmercantilização das necessidades básicas;

Abaixo alguns esclarecimentos desta matéria:
MTST : militante da Frente Povo Sem Medo e da TELAR – Territórios Latino-Americanos em Resistência
[1] A ideia de multipolaridade se dá a partir do m da guerra fria e representaria o surgimento de diversos polos de poder na dinâmica global. Hoje, essa dinâmica estaria não apenas representada por novas economias
emergentes, mas também por blocos de poder como os BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, China e África do Sul, que recentemente incorporou outros países como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Egito, dentre outros.

 


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Se você se identificou com esta matéria, saiba que a querida, Keith Carvalho é formada em MBA em Redes Sociais e Marketing, esportista, lha, mãe, cuida do lar, locutora e profissional na área de comunicação sendo para negócios, CEO da Keith Carvalho Comunicação, foi assessora de imprensa da PJC (Policia Judiciaria Civil) Diretoria de MT, foi jornalista da tv Record-MT, e entende muito bem como as mulheres se dividem em muitos papéis diariamente. Ouça está querida, de segunda a sexta-feira, no programa Café com Bate-papo na rádio pelo site: www.radiomfd.com das 15 h as 16, horário de Brasília e também entre em contato pelo e-mail:
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