As prisões aconteceram em Itumbiara (GO) após investigação sobre homicídio ocorrido dentro da casa da vítima
De acordo com o delegado Márcio Bento Costa, a prisão em flagrante foi efetuada pela PM goiana e os suspeitos estão sendo levados à Delegacia Regional de Araguari, no Triângulo Mineiro, para autuação. “A motivação e as circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas e permanecem em sigilo”, afirmou o delegado.
Costa afirma ainda que, até o momento, não há dúvidas sobre a autoria do crime e um dos suspeitos já teria confessado informalmente. A Polícia Civil agora busca identificar a motivação do crime e verificar se houve eventual mandante.
Inicialmente, os elementos indicam a prática de três crimes distintos: feminicídio, furto qualificado e adulteração de veículo. O feminicídio, cometido de forma cruel, com a vítima amarrada e degolada, pode ter pena de 20 a 40 anos, acrescida de um terço, chegando a 53 anos.
O furto qualificado, pelo recolhimento de parte de joias da vítima, pode gerar pena de 2 a 8 anos. A adulteração da motocicleta utilizada no crime pode resultar em pena de 3 a 6 anos. Somando todas as penas, de forma abstrata, a condenação dos suspeitos poderia chegar a 67 anos, a ser julgada pelo Tribunal do Júri.
O corpo de Ingrid foi encontrado pelo sobrinho, após a irmã perceber que a empresária não havia ido buscar a filha na escola e não atender às suas ligações. Ao chegar à casa, o jovem viu a tia caída, com as mãos amarradas e em meio a uma poça de sangue. O pai do menino foi chamado e ambos acionaram a Polícia Militar.
A perícia apontou que Ingrid estava deitada de barriga para baixo, com as mãos amarradas por fitas de nylon e apresentava dois cortes profundos no pescoço. O celular da vítima e um cordão de ouro com o nome da filha, que ela usava diariamente, não foram encontrados na residência.
Segundo a polícia, os suspeitos se passaram por entregadores para entrar na casa. Os nomes deles não foram divulgados. O caso segue sob investigação.