Trump envia recado a Maduro: porta-aviões USS Ford reforça combate ao narcotráfico e ditadura chavista no Caribe

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Washington intensifica ações militares para conter tráfico de drogas e influência chavista na região

Em uma demonstração clara de força e comprometimento com a segurança hemisférica, os Estados Unidos enviaram o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o mais moderno e poderoso de sua frota, para o Mar do Caribe, nas proximidades da Venezuela. A medida reforça a estratégia do presidente Donald Trump de ampliar a ofensiva contra o narcoterrorismo e o crime organizado transnacional que, segundo Washington, tem origem e proteção dentro da ditadura chavista de Nicolás Maduro.

Desde setembro, as forças norte-americanas vêm conduzindo uma série de operações no Caribe e no Pacífico Oriental, resultando na neutralização de 19 embarcações suspeitas e na morte de ao menos 75 indivíduos ligados ao tráfico internacional de drogas. Agora, com a chegada do USS Ford, os EUA ampliam sua capacidade de vigilância, interceptação e resposta rápida contra rotas marítimas utilizadas por cartéis e grupos armados apoiados por Caracas.

“O USS Ford reforçará a capacidade dos Estados Unidos para detectar, vigiar e desarticular os atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território americano e de todo o hemisfério ocidental”, declarou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell.

A presença do porta-aviões é respaldada por uma poderosa frota de apoio composta por oito navios de guerra, um submarino nuclear e 8 mil militares. Essa mobilização sem precedentes demonstra a determinação de Washington em enfrentar não apenas o narcotráfico, mas também a crescente influência de regimes autoritários que utilizam o crime organizado como instrumento político.

O presidente Trump tem sido enfático ao acusar o governo Maduro de exportar drogas, armas e criminosos violentos para os Estados Unidos, alimentando uma crise que ameaça a segurança nacional e regional. “Os dias de Maduro estão contados”, afirmou Trump em recente entrevista, reforçando o tom de intolerância com o que chamou de “narco-ditadura venezuelana”.

Embora setores da comunidade internacional e alguns especialistas em direito internacional questionem a legalidade das ações, há amplo reconhecimento de que o narcoterrorismo é uma ameaça real e crescente que transcende fronteiras. Os Estados Unidos, nesse contexto, assumem um papel de liderança essencial no enfrentamento de redes criminosas que financiam ditaduras, milícias e organizações terroristas.

Analistas apontam que a operação no Caribe sinaliza uma nova doutrina de segurança hemisférica, na qual a defesa da democracia e o combate ao narcotráfico caminham lado a lado. Para Washington, permitir que o regime chavista continue utilizando o tráfico de drogas como fonte de poder político e econômico seria colocar em risco não apenas os EUA, mas toda a estabilidade das Américas.

Com a chegada do USS Ford, a mensagem é clara: os Estados Unidos não recuarão diante do narcoterrorismo patrocinado por regimes autoritários. O combate às redes criminosas transnacionais, segundo fontes do Pentágono, continuará até que a região seja estabilizada e as rotas de tráfico desmanteladas de forma definitiva.

USS Ford atravessou o Estreito de Gibraltar em outubro e seguiu em direção à América Latina Foto: Mass Communication Specialist Seaman Apprentice Alyssa Joy/U.S. Navy via The New York Times