Desaprovação de Lula bate recorde no mandato

A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em todos os estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Escândalos e economia travam recuperação

Apesar de uma leve melhora na percepção econômica — caiu de 56% para 48% a fatia dos que acham que a economia piorou —, o governo enfrenta uma série de obstáculos que impedem a recuperação da imagem pública. Entre eles, destaca-se o escândalo envolvendo fraudes no INSS. Segundo a Quaest, 82% dos entrevistados disseram ter ouvido falar do caso, e 31% responsabilizam diretamente o governo.

Outro ponto de crítica foi a decisão do governo de manter o aumento do IOF sobre a compra de dólares. Metade dos entrevistados considerou a medida um erro.

A maioria da população também acredita que o poder de compra está menor do que há um ano, o que ajuda a sustentar a avaliação negativa da gestão, apesar de avanços em programas sociais.

Comparações com gestões anteriores

Questionados sobre a comparação entre o atual mandato e os dois primeiros governos de Lula, 56% consideram que o Lula 3 é pior. Outros 20% dizem que é igual, e apenas 20% avaliam que é melhor. Já 4% não souberam responder.

Na comparação com o governo de Jair Bolsonaro (2019–2022), o petista também enfrenta divisão: 44% acham o governo atual pior, 40% dizem que é melhor e 13% consideram os dois iguais.

Avaliação geral do governo

Sobre a avaliação geral da gestão Lula, os resultados foram:

• Positiva: 26% (eram 27% em janeiro)

• Negativa: 43% (eram 41%)

• Regular: 28% (eram 29%)

• Não sabe/não respondeu: 3%

Direção do país

A percepção sobre os rumos do Brasil também piorou. Subiu de 56% para 61% o percentual dos que acreditam que o país está indo na direção errada. A parcela que acredita que o país está no caminho certo caiu de 36% para 32%.

AVALIAÇÃO POR PERFIL

Região

• Nordeste: 54% aprovam, 44% desaprovam (antes, empate técnico)

• Sudeste: 32% aprovam, 64% desaprovam (eram 37% e 60%)

• Sul: 37% aprovam, 62% desaprovam (eram 34% e 64%)

• Norte/Centro-Oeste: 42% aprovam, 55% desaprovam (eram 44% e 52%)

Gênero

• Homens: 39% aprovam, 59% desaprovam (mesmos números de abril)

• Mulheres: 42% aprovam, 54% desaprovam (eram 43% e 53%)

Raça e cor

• Brancos: 37% aprovam, 62% desaprovam (eram 36% e 61%)

• Pardos: 40% aprovam, 56% desaprovam (eram 45% e 52%)

• Pretos: 52% aprovam, 46% desaprovam (eram 46% e 51%)

Escolaridade

• Fundamental completo ou menos: 50% aprovam, 47% desaprovam (antes, 53% e 45%)

• Ensino médio: 37% aprovam, 61% desaprovam (eram 36% e 61%)

• Ensino superior completo: 33% aprovam, 64% desaprovam (eram 34% e 65%)

Renda familiar

• Até 2 salários mínimos: 50% aprovam, 49% desaprovam (antes, 52% e 45%)

• De 2 a 5 salários: 43% aprovam, 56% desaprovam (eram 36% e 61%)

• Mais de 5 salários: 38% aprovam, 61% desaprovam (eram 34% e 64%)

Faixa etária

• 16 a 34 anos: 37% aprovam, 60% desaprovam (eram 33% e 64%)

• 35 a 59 anos: 38% aprovam, 59% desaprovam (eram 44% e 54%)

• 60 anos ou mais: 52% aprovam, 45% desaprovam (eram 50% e 46%)