Barroso gastou R$ 5,9 milhões em voos da FAB durante presidência do STF — e STF se recusa a detalhar despesas

A Gazeta Popular
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Relatório expõe gastos milionários com viagens oficiais de Luís Roberto Barroso, reacendendo debate sobre privilégios e falta de transparência no Judiciário.

Um relatório oficial revelou que o ministro Luís Roberto Barroso, durante seu período à frente do Supremo Tribunal Federal (STF), gastou R$ 5,9 milhões em voos da Força Aérea Brasileira (FAB) entre 2024 e setembro de 2025. O montante se refere apenas ao custo das horas de voo, sem incluir diárias, hospedagens ou alimentação — o que significa que o valor total pode ser ainda maior.

De acordo com os dados, somente em 2024 os gastos chegaram a quase R$ 3 milhões, enquanto em 2025, até o fim de seu mandato, ultrapassaram os R$ 2 milhões. As viagens incluíram deslocamentos institucionais dentro do Brasil e visitas internacionais à Costa Rica e à Argentina, todas realizadas em aeronaves oficiais da FAB.

Apesar do alto custo, o STF se recusa a detalhar os valores referentes a passagens, diárias e demais despesas associadas, sob o argumento de “razões de segurança”. Essa postura tem sido alvo de críticas de especialistas em transparência pública, que apontam uma contradição grave: uma instituição que cobra moralidade dos demais poderes, mas age com opacidade em relação aos próprios gastos.

Enquanto isso, a realidade fora das salas de plenário é outra. O país enfrenta crise econômica persistente, inflação crescente e precarização de serviços básicos. Em contraste, autoridades de topo continuam usufruindo de benefícios e mordomias financiadas com o dinheiro do contribuinte — muitas vezes sem qualquer prestação de contas clara.

A discussão sobre o uso da FAB por autoridades não é nova. Desde governos anteriores, o uso indiscriminado das aeronaves oficiais tem sido alvo de denúncias e questionamentos, mas pouco ou nada mudou em termos de transparência e controle.

O episódio envolvendo Barroso reacende uma questão central: quem fiscaliza os gastos de quem deveria dar o exemplo?

Enquanto o Supremo se protege sob o manto da “segurança institucional”, a confiança pública na Justiça se desgasta cada vez mais, alimentada pela percepção de que a cúpula do poder continua a viver em um país diferente daquele habitado pela população comum.