Erika Hilton foi identificada como pertencente ao gênero masculino em visto para os Estados Unidos
Erika Hilton (PSOL-SP) teve um visto diplomático concedido pelos Estados Unidos no qual a identidade de gênero foi “masculino”. Após o episódio, a Embaixada dos EUA alegou que a política do consulado só reconhece “dois sexos imutáveis desde o nascimento”. A embaixada segue as políticas do governo de Donald Trump, presidente dos EUA, que estabelece que formulários governamentais ofereçam somente duas opções de gênero.
Erika havia sido convidada como palestrante em um evento na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Nas redes sociais, a deputada comentou sobre a circunstância: “Uma situação de violência, de desrespeito, de abuso, inclusive, do poder porque viola um documento brasileiro, que é nosso. É uma expressão escancarada, perversa, cruel, do que é a transfobia de Estado praticada pelo governo americano”.
Erika ainda declarou que “se a embaixada dos EUA tem algo a falar sobre mim, que falem baixo, dentro do prédio deles. Cercado, de todos os lados, pelo nosso Estado Democrático de Direito”. Hilton acionará a Organização das Nações Unidas (ONU) por considerar o caso transfobia e um desrespeito aos registros civis brasileiros.