Dólar renova máxima após correção, em meio a rumores sobre pacote fiscal

A Gazeta Popular
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O dólar iniciou o pregão desta quarta-feira (16) operando de forma mista, em um movimento de correção após a alta registrada no dia anterior, de 1,33%, cotado a R$ 5,65, atingindo o maior patamar desde 6 de agosto.

Até o momento, o dólar acumula alta de 0,75% na semana, 3,85% no mês e um ganho de 16,57% durante o ano.

Às 9h (horário de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,03%, sendo negociada a R$ 5,65 para venda. No mercado futuro, o contrato com vencimento em novembro de 2024 avançava levemente, subindo 0,10%, cotado a R$ 5,66. Logo mais, às 9h40, o dólar virou, renovando a máxima com alta de 0,14%, a R$ 5,66 e o dólar futuro registrava alta de 0,25%, a R$ 5,67.

Correção do mercado

O movimento de correção ocorre em um dia de agenda econômica esvaziada, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Correções são comuns após movimentos bruscos de valorização ou desvalorização da moeda, refletindo um ajuste nas posições de investidores.

Segundo o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, a queda nas taxas de juros em economias desenvolvidas está influenciando o cenário, o que pode ajudar a valorizar o real em relação ao dólar. Juros mais baixos tendem a tornar investimentos em moedas de países emergentes mais atrativos.

Impacto do pacote fiscal

O mercado também segue atento ao novo pacote fiscal do governo brasileiro. Serrano destaca que, apesar da reação inicial positiva, as “informações desencontradas” geram cautela entre investidores. A falta de clareza sobre os detalhes do pacote cria incertezas, o que pode manter o mercado volátil nos próximos dias.

Ontem, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet mencionou um pacote de 30 medidas econômicas que será enviado após as eleições municipais e afirmou que o primeiro pacote em estudo pela equipe econômica para ser apresentado ainda este ano é “algo bem menor” do que virá pela frente.

Com a ausência de informações sobre o pacote fiscal, aumentam as incertezas sobre as diretrizes de contenção de gastos do governo Lula, podendo refletir uma maior volatilidade do mercado nos próximos dias.