Investigada pela Polícia Federal por suspeitas de corrupção em diversas instâncias do Judiciário, a empresa Fource pagou R$ 300 mil ao escritório de advocacia da advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha.
A investigação da PF identificou que, entre 2020 e 2021, período durante o qual ocorreram os pagamentos, processos relacionados a um fundo de investimentos vinculado à Fource estavam em tramitação sob a relatoria de Noronha, no STJ. A filha do ministro não aparece como advogada desses processos. O ministro Noronha declarou em nota que rejeitou os recursos apresentados pela empresa em processos no STJ, mas não comentou sobre os pagamentos à filha. Anna Carolina Noronha não respondeu.
“Chama atenção o fato de que, em todas as ações envolvendo diretamente a AFARE I como parte, o relator é o ministro João Otávio de Noronha”, diz trecho do relatório obtido pelo Estadão. A AFARE I é um fundo de investimentos que, segundo a investigação, era operado pela Fource.