Julgamento de Bolsonaro ganha transmissão militante com cobertura da TV PT

A Gazeta Popular
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Deputados e senadores de esquerda tem acompanhado de perto o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de marcar presença, os parlamentares têm se revezado em declarações registradas pela TV PT, que faz uma cobertura especial das sessões com equipe em estúdio e também direto da área reservada à imprensa em frente ao prédio onde fica o plenário da Primeira Turma.

Entre os parlamentares, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) e o deputado Helder Salomão (PT-ES) concederam entrevistas ao canal do partido e retornaram ao Congresso, sem acessar o plenário. Em suas participações na transmissão, os parlamentares enfatizaram a narrativa de que os atos de 8 de janeiro configuraram uma tentativa de golpe ao Estado Democrático de Direito.  

Os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Orlando Silva (PCdoB-RJ), por sua vez, estiveram no plenário, onde acompanharam a sustentação oral da defesa do general Augusto Heleno e parte da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Líder do PT afirma que anistia é “loucura completa”

Em conversa com a imprensa, Lindbergh, que é líder do PT na Câmara, afirmou que considera uma “loucura completa” a votação da anistia em meio ao julgamento. “Isso é interferência, seria uma espécie de golpe parlamentar. Estamos articulando porque eu me recuso a acreditar que isso seja pautado”. A afirmação faz referência a pressão que vem sendo feita pela oposição para garantir que o projeto de lei da anistia aos presos pelo 8 de janeiro.

Lindbergh disse ainda que incluir a proposta da anistia na pauta de votações “vai sinalizar que o Congresso Nacional Brasileiro é cúmplice de um crime”. “Não é possível que as televisões transmitiram ao vivo uma tentativa de golpe e o Congresso Nacional vai ficar de costas para o Brasil”, disse o líder do PT ao se referir as imagens registradas em 8 de janeiro de 2023.

A deputada Fernanda Melchionna se referiu ao desembarque da Federação União-PP do governo Lula, anunciado na terça-feira (2) como um “casamento de conveniência da extrema direita com o Centrão”. Para ela, votar a anistia, “seria passar pano e dar um salvo-conduto para o golpe”.