Ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, Lula disse que a democracia corre riscos de desestabilização e lamentou conflitos pelo mundo.
Após assinar mais de 80 acordos com autoridades e empresários japoneses, presidente Lula, em discurso, afirmou que o mundo atravessa uma situação política difícil. Ele falou em insensibilidade de alguns países. A afirmação de Lula foi vista como uma indireta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Nós entendemos que o mundo atravessa uma situação política difícil, uma situação econômica complicada e muita insensibilidade na relação política entre os Estados. Protocolos como o de Kyoto não foram cumpridos, acordos como o de Paris não foram cumpridos e alguns países já desistiram”
Mais cedo, em outra agenda, o presidente Lula afirmou que a democracia corre risco no planeta com a eleição da extrema-direita negacionista. Ele afirmou que não se pode defender o protecionismo porque ninguém quer uma Guerra Fria. Nesta última agenda, ao lado do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, o presidente ainda voltou a afirmar que a democracia corre riscos de desestabilização e lamentou conflitos pelo mundo.
“Nós estamos vendo os países que simbolizavam a ação democrática sofrendo riscos de desestabilização pela função e participação da extrema-direita, nós vimos o que está acontecendo na Europa, que era uma parte do mundo que só vivia em termos de tranquilidade. E situação da Ucrânia”
O presidente também afirmou que pretende avançar na relação Mercosul e Japão enquanto estiver na presidência do bloco, o que foi endossado pelo primeiro-ministro. Shigeru Ishiba também destacou que enviará especialistas sanitários ao Brasil para avançar nas tratativas para abrir o mercado para a carne bovina in natura produzida no Brasil. Lula ainda disse que é preciso ampliar a relação comercial com o Japão para patamares acima dos US$ 17 bilhões registrados em 2011.