“Mulher sobrevive a tentativa de feminicídio em Cabo Frio após anos de violência doméstica”

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Cabo Frio (RJ) – 06 de novembro de 2025Um novo caso de violência doméstica chocou Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A cidade, que já contabiliza diversos episódios de feminicídio nos últimos anos, voltou a ser palco de uma tragédia anunciada.

Rose, moradora do bairro Passagem, sobreviveu por pouco após ser brutalmente atacada a facadas pelo ex-marido, identificado como Alexu, na tarde da última terça-feira (4). Segundo informações preliminares, o agressor, inconformado com o fim do relacionamento, invadiu o prédio onde a vítima mora com os dois filhos e iniciou uma série de insultos e ameaças antes de desferir os golpes.

Testemunhas relataram que o homem pichou as paredes do local com a sigla “PCC”, enquanto gritava ofensas e fazia insinuações de que Rose estaria com outro homem. Em seguida, armado com uma faca, ele a atacou diversas vezes.

Apesar da violência, Rose conseguiu se defender, sofrendo cortes profundos nas mãos e várias perfurações pelo corpo. Uma delas chegou a atingir o pulmão, mas, segundo boletim médico, ela está fora de perigo.

De acordo com informações obtidas pela reportagem, o histórico de violência é antigo. Em 2024, Alexu chegou a ser preso por agredir Rose dentro da própria casa, mas acabou solto após a vítima retirar a queixa — uma decisão que ela agora reconhece ter sido motivada por pena e medo.

O caso está sob investigação da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Cabo Frio, que deve solicitar a prisão preventiva do agressor nas próximas horas. A polícia realiza buscas para localizá-lo.

A sociedade local, abalada com o episódio, exige uma resposta firme da Justiça. “Não podemos mais aceitar que mulheres sejam atacadas, ameaçadas e mortas por homens que se julgam donos de suas vidas”, declarou uma moradora da região em entrevista.

O caso de Rose é mais um alerta sobre o ciclo da violência doméstica e a importância de que denúncias sejam mantidas e acompanhadas até o fim. A cidade clama para que, desta vez, a Justiça seja feita — e que a sobrevivente possa, enfim, reconstruir sua vida em paz.

 

  

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