Intenção é retalhar o Brasil pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
Rubio afirmou, em entrevista à Fox News, que os americanos devem fazer anúncios na próxima semana e chamou o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de “um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tentou alcançar empresas americanas, e até pessoas operando a partir dos Estados Unidos”.
“O estado de direito está desmoronando. Há esses juízes ativistas – um em particular – que não apenas perseguiram Bolsonaro, aliás, ele tentou – ele tentou fazer reivindicações extraterritoriais contra até mesmo cidadãos americanos ou contra alguém que posta online de dentro dos Estados Unidos, e até ameaçou ir ainda mais longe nesse sentido. Então, haverá uma resposta dos EUA a isso, e é isso que – teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre quais passos adicionais pretendemos tomar. Mas – não é – o julgamento é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tentou alcançar empresas americanas, e até pessoas operando a partir dos Estados Unidos”, disse Rubio.
O secretário de Estado ainda classificou os ministros do Supremo Tribunal Federal de “ativistas” pelo julgamento do ex-presidente e destacou, sem mencionar nomes, “um em particular”.
O ministro Alexandre de Moraes vem sendo alvo de críticas de figuras ligadas ao governo dos Estados Unidos, sendo inclusive sancionado com a Lei Magnitsky, que proíbe entrada no país, movimentações financeiras ou bancárias, além de poder sancionar empresas que atuem nos EUA e que tenham relação com o juiz.
É a primeira declaração à imprensa sobre o Brasil que o secretário faz após a condenação de Bolsonaro. Antes, ele tinha recorrido às redes sociais para alegar que estava acompanhando o processo judicial no Brasil, que ele chamou de “caça às bruxas”.
Bolsonaro foi condenado a uma pena de 27 anos de prisão pela Primeira Turma do STF por cinco crimes, entre eles estão tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.