O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmaram neste final de semana que trabalham para combater o que chamam de “extremismo” no Brasil que culminou com uma suposta tentativa de golpe de Estado.
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmaram neste final de semana que trabalham para combater o que chamam de “extremismo” no Brasil que culminou com uma suposta tentativa de golpe de Estado.As críticas contra o que pontuaram ainda como “populismo autoritário” foram feitas durante o fórum Brazil Conference, realizado nos Estados Unidos pelas universidades de Harvard e MIT. Barroso foi mais incisivo e destacou que o STF “chamou para si” o que considerou como uma missão.“Aqui no Brasil para enfrentar o populismo autoritário, o extremismo, o Supremo Tribunal Federal chamou para si essa missão, ao lado de outras instituições, e atuou intensamente mediante diferentes formas de atuação”, disse em um vídeo segundo registrou o Estadão.Apesar de não citar diretamente nomes, Barroso sinalizou que as críticas eram voltadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu com mais sete aliados por supostamente liderar um plano para um golpe de Estado.Ele destacou decisões do STF durante a pandemia, em defesa do meio ambiente e dos direitos de comunidades indígenas como formas de conter medidas de cunho populista. Barroso também apontou que o tribunal atuou no “desmonte de medidas autoritárias” e instaurou investigações relevantes para a preservação democrática.As investigações em andamento no STF, como os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, foram instauradas mesmo diante de críticas do Ministério Público, sob o argumento da necessidade de conter ameaças institucionais. Segundo Barroso, o populismo autoritário capturou o conservadorismo e líderes religiosos, o que teria contribuído para o enfraquecimento da democracia, na visão dele.No mesmo evento, Paulo Gonet, afirmou que a democracia brasileira tem se mostrado cada vez mais sólida graças à atuação das instituições. Ao comentar a denúncia contra Bolsonaro, ele destacou o trabalho da Polícia Federal (PF) na apuração dos fatos.“Sou um defensor do regime democrático. A Polícia Federal fez um trabalho fantástico nessa tarefa toda. Foi uma tentativa de resposta a essas indagações. A PF fez um trabalho notável em curtíssimo espaço de tempo. São descobertas que vão poder inspirar séries de Netflix”, afirmou.O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, também participou do fórum e reforçou a gravidade dos fatos apurados, se posicionando contra qualquer anistia aos envolvidos.“Foi uma investigação de situações que nos levariam a tempos sombrios que ninguém mais quer reviver. Havia um plano de assassinato do presidente da República, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral. Não é maquiagem de uma estátua”, alertou.Segundo ele, o país precisa manter o “rigor” para que os responsáveis sejam punidos de acordo com a gravidade dos atos, classificando a denúncia contra Bolsonaro como “primorosa”. “Acho inaceitável não punir pessoas que cometeram crime dessa envergadura”, pontuou.Públicidade:
As críticas contra o que pontuaram ainda como “populismo autoritário” foram feitas durante o fórum Brazil Conference, realizado nos Estados Unidos pelas universidades de Harvard e MIT. Barroso foi mais incisivo e destacou que o STF “chamou para si” o que considerou como uma missão.
“Aqui no Brasil para enfrentar o populismo autoritário, o extremismo, o Supremo Tribunal Federal chamou para si essa missão, ao lado de outras instituições, e atuou intensamente mediante diferentes formas de atuação”, disse em um vídeo segundo registrou o Estadão.
Apesar de não citar diretamente nomes, Barroso sinalizou que as críticas eram voltadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu com mais sete aliados por supostamente liderar um plano para um golpe de Estado.
Ele destacou decisões do STF durante a pandemia, em defesa do meio ambiente e dos direitos de comunidades indígenas como formas de conter medidas de cunho populista. Barroso também apontou que o tribunal atuou no “desmonte de medidas autoritárias” e instaurou investigações relevantes para a preservação democrática.
As investigações em andamento no STF, como os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, foram instauradas mesmo diante de críticas do Ministério Público, sob o argumento da necessidade de conter ameaças institucionais. Segundo Barroso, o populismo autoritário capturou o conservadorismo e líderes religiosos, o que teria contribuído para o enfraquecimento da democracia, na visão dele.
No mesmo evento, Paulo Gonet, afirmou que a democracia brasileira tem se mostrado cada vez mais sólida graças à atuação das instituições. Ao comentar a denúncia contra Bolsonaro, ele destacou o trabalho da Polícia Federal (PF) na apuração dos fatos.
“Sou um defensor do regime democrático. A Polícia Federal fez um trabalho fantástico nessa tarefa toda. […] Foi uma tentativa de resposta a essas indagações. A PF fez um trabalho notável em curtíssimo espaço de tempo. São descobertas que vão poder inspirar séries de Netflix”, afirmou.
O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, também participou do fórum e reforçou a gravidade dos fatos apurados, se posicionando contra qualquer anistia aos envolvidos.
“Foi uma investigação de situações que nos levariam a tempos sombrios que ninguém mais quer reviver. Havia um plano de assassinato do presidente da República, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral. Não é [investigação sobre] maquiagem de uma estátua”, alertou.
Segundo ele, o país precisa manter o “rigor” para que os responsáveis sejam punidos de acordo com a gravidade dos atos, classificando a denúncia contra Bolsonaro como “primorosa”.
“Acho inaceitável não punir pessoas que cometeram crime dessa envergadura”, pontuou.
