Parlamentar foi abordado pela PF ao retornar de viagem aos Estados Unidos, feita sem autorização do STF
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi abordado pela Polícia Federal (PF) na manhã desta segunda-feira (4/8), ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Brasília, após viagem aos Estados Unidos. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o parlamentar deverá usar tornozeleira eletrônica.
A medida é consequência do descumprimento de uma ordem judicial anterior, que havia determinado a apreensão do passaporte de Do Val em meio a investigações sobre sua atuação nas redes sociais contra agentes da Polícia Federal responsáveis por apurar uma tentativa de golpe de Estado. Apesar da restrição, ele deixou o país utilizando o passaporte diplomático, que seguia em sua posse.
A defesa do senador havia protocolado, ainda em julho, um pedido ao Supremo solicitando autorização para a viagem com a família, apresentando datas, hospedagem em Orlando e ingressos para parques temáticos. O pedido foi negado por Moraes no dia 16 do mês passado, mas a intimação à defesa só ocorreu no dia 24, quando o parlamentar já se encontrava nos Estados Unidos.
Após o descumprimento, o ministro determinou o bloqueio de contas bancárias e cartões de crédito de Do Val e de sua filha. Nesta segunda-feira, ele foi conduzido ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, em Brasília, para a instalação do dispositivo, acompanhado do advogado Iggor Dantas.
Em nota, o senador negou ter desrespeitado a Justiça e alegou que seu passaporte diplomático está regular, com validade até 2027, assim como o visto norte-americano, renovado até 2035.
“Meu passaporte diplomático, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, está válido até julho de 2027 e sem restrições. Além disso, meu visto oficial de entrada nos Estados Unidos foi recentemente renovado, com validade até 2035”, diz a nota.



