A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (16), um hacker suspeito de vender dados da corporação entre maio de 2020 e fevereiro de 2022. O homem, acusado de ser responsável por duas publicações relacionadas à comercialização dos dados, vangloriava-se de realizar invasões cibernéticas em diversos países. Ele afirmou, inclusive, ter divulgado informações confidenciais de 80.000 membros da InfraGard, uma parceria entre o FBI e entidades privadas de infraestrutura crítica nos Estados Unidos.
A prisão ocorreu durante a operação Data Breach, que também cumpriu um mandado de busca e apreensão em Belo Horizonte. O hacker é conhecido por vazar grandes volumes de dados pessoais de empresas e órgãos internacionais, como a Airbus e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Ele deverá responder por invasão de dispositivo informático, crime que pode ter a pena agravada devido à comercialização dos dados obtidos ilegalmente.
Governo registrou mais de 3 mil vazamentos de dados em 6 meses
A operação Data Breach, cujo nome faz referência a ataques cibernéticos que resultam no vazamento de informações sigilosas, investiga outras possíveis invasões realizadas pelo suspeito. O governo federal tem registrado um aumento significativo de ataques cibernéticos. De janeiro a julho de 2024, foram registrados 3.253 vazamentos de dados, o dobro dos três anos anteriores somados.
Entre os ataques recentes está o incidente envolvendo o sistema Conecte SUS. Além disso, a PF também investiga outros casos, como o ataque ao Siafi, sistema de pagamento da administração federal, que resultou no desvio de R$ 15 milhões, dos quais R$ 10 milhões já foram recuperados.
Fonte: Folha de S.Paulo











