Modelo relata ciclo de validade emocional e alerta mulheres

52k Visualizações
Tempo de Leitura: 4 Minutos
- ADS -
Ad image

E agora, Doutora?

“Eu tinha só mais 5% de oxigênio”: modelo relata ciclo de validade emocional e alerta mulheres

A influenciadora e modelo Mariana Goldfarb fez uma revelação poderosa: ela afirma ter vivido um relacionamento abusivo marcado por violência emocional tão intensa que, segundo ela, “se não tivesse conseguido romper, talvez não estivesse viva”. Em participação numa campanha do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra a violência às mulheres, ela descreveu sinais clássicos de abuso, dominação, controle, isolamento, efeitos que foram se manifestando tanto na mente quanto no corpo.

Goldfarb não apontou datas ou nome de agressor, mas relatou episódios que muitas mulheres conhecem bem: queda de cabelo, tremores nos olhos, falta de apetite, anorexia, consumo excessivo de álcool, afastamento de amigos e familiares. Conforme ela disse:

“Não é amor. E acho que nunca foi amor… A gente acha que não vai acontecer com a gente, mas acontece. Consegui sair num momento que eu tinha só mais 5% de oxigênio.”

 Por que isso importa para você

Se você está em processo de separação, ou pensando em sair de uma relação que “aparenta normalidade”, este depoimento serve como sinal de alerta. A violência emocional raramente começa com agressão física explícita, ela se infiltra no cotidiano, muda o seu ritmo, enfraquece sua autoestima, isola você do mundo. E o pior: muitas vezes você não dá conta de identificar até que o corpo comece a reagir.

Os sinais relatados por Mariana foram justamente esses: tremores, queda de cabelo, anorexia, dependência de álcool. Todos sintomas de um cérebro em situação de estresse crônico, um estado em que o sistema límbico (centro das emoções) fica hiperativo, e a capacidade de decisão, de reconhecer o problema e de sair dele, diminui consideravelmente.

 O que você deve saber como mulher em divórcio ou considerando sair

  • A violência psicológica ou emocional é violência de verdade. O fato de não haver feridas visíveis não significa que não haja dano, e o direito reconhece isso.
  • Quando há dominação, controle, isolamento, crítica constante, você tem o direito de proteção, de buscar afastamento, divórcio ou medidas de urgência.
  • No processo de divórcio, é importante mostrar o histórico de agressão emocional — isso impacta guarda, pensão, partilha de bens e medidas protetivas.
  • A saúde mental e física não ficam fora do quadro jurídico: os efeitos no corpo, no sono, na alimentação, na rede de apoio são parte da prova que pode sustentar medidas jurídicas.
  • Se você estiver num ciclo de abuso: registre sinais, guarde mensagens, procure apoio psicológico, médica, jurídica. Não aceite a sensação de que “é normal”.

 Minha opinião como advogada de família

Como advogada especializada em divórcios para mulheres, acredito que esse tipo de relato deve ser levado a sério.
Tive inúmeros casos em que mulheres ignoraram os sinais de alerta — “só mais esse ano”, “ele vai mudar”, “não está tão ruim assim” — para depois se encontrarem fragilizadas, retraídas, doente.
O fato de Mariana Goldfarb chamar atenção para o efeito físico da violência emocional, queda de cabelo, tremores, anorexia, mostra que o corpo fala antes que a mente entenda. E quando o corpo não aguenta, a vida começa a adoecer.
Por isso, digo com clareza: não espere “provar” a agressão física para agir. Documente, guarde, peça apoio. O Direito está pronto para te proteger, você não precisa suportar calada.

Quer saber mais? Me acompanhe em minhas redes sociais:

ADRIANA DE ANDRADE RAMOS BORRACHINI
Graduada pela Universidade Nove de Julho/SP
Especialista em Divórcio, Guarda e Pensão Alimentícia

Instagram: @adrianaborrachini_advogada
Facebook: Adriana Borrachini
TikTok: @adrianaborrachini
Kwai: @adrianaborrachini
LinkedIn: Adriana Borrachini
WhatsApp: (22) 98858-4139