Procurador-Geral da República pede condenação de Bolsonaro por “tentativa de golpe”

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A Procuradoria-Geral da República (PGR), comandada por Paulo Gonet, protocolou nesta segunda-feira, 14 de julho, as alegações finais no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições de 2022. No documento de 517 páginas, Gonet pede a condenação e prisão do ex‑presidente Jair Bolsonaro por cinco crimes graves:

  • tentativa de golpe de Estado;

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

  • formação de organização criminosa armada;

  • dano qualificado ao patrimônio público (caso de 8 de janeiro);

  • deterioração de patrimônio tombado.

Principais elementos do pedido

Condução e articulação do golpe
A PGR afirma que Bolsonaro foi o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos executórios mais graves” do golpe.
O parecer detalha que Bolsonaro tinha conhecimento e apoio ao plano extremista, que incluía até assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.Somando-se as penas máximas e possíveis agravantes, a punição pode alcançar 43 anos.

Além da prisão, a PGR exige que Bolsonaro e os demais réus paguem indenização mínima por danos materiais e morais.

O material será analisado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, que dará primeiro voto nas próximas sessões;

A decisão será submetida ao colegiado da Primeira Turma do STF, com julgamento possivelmente ainda no segundo semestre.

Defesas terão prazo para apresentar alegações finais, antes do voto principal e da dosimetria da pena.

A PGR não solicitou prisão preventiva neste momento. Para que isso ocorra, será avaliado risco de fuga, obstrução ou grave ameaça à ordem pública — mas o passaporte de Bolsonaro está retido;

Cabe ao relator avaliar a necessidade de medidas cautelares, podendo decretar prisão antes do julgamento final.

Lideranças da esquerda celebraram o pedido como “justiça sendo feita”;

Bolsonaristas fazem críticas, alegando que falta comprovação e que manifestar-se não é crime — mas a PGR já afastou essa tese.

Esse é o pedido formalizado hoje, 14 de julho de 2025, que marca um novo capítulo no processo que envolve acusações de tentativa de ruptura democrática.