Campos dos Goytacazes – RJ: Prefeito busca apoio em Brasília enquanto crise na saúde se agrava

A Gazeta Popular
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Com cofinanciamento estadual suspenso, Wladimir Garotinho denuncia politicagem e garante R$ 14 milhões em emendas para manter atendimentos

A crise na saúde pública de Campos dos Goytacazes ganhou novo capítulo nesta quarta-feira (9), com o prefeito Wladimir Garotinho indo a Brasília em busca de apoio político e institucional para enfrentar a suspensão do cofinanciamento estadual. O impasse, que já afeta o atendimento a pacientes da região, foi denunciado na Câmara dos Deputados pelo parlamentar Otoni de Paula (MDB-RJ), que classificou como “inadmissível” o prejuízo à população por conta de divergências políticas.

 

A suspensão do atendimento a pacientes de outros municípios, decidida pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS), gerou forte repercussão. O prefeito afirma que tentou de todas as formas um diálogo com o governador Cláudio Castro e o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, mas foi ignorado.

 

“Enviamos ofícios, pedimos reuniões, buscamos todas as vias institucionais; porém, estamos sendo ignorados. É um silêncio cruel. E, enquanto isso, vidas estão em risco”, declarou Wladimir, já da capital federal.

 

Ainda pela manhã, o prefeito anunciou a conquista de uma verba de R$ 2 milhões, após reunião com o deputado federal Gutemberg Reis. Horas depois, ao lado do senador Carlos Portinho, conseguiu mais R$ 12 milhões em emendas parlamentares:

 

“Estamos liberando R$ 12 milhões em emendas impositivas. O que prometi, estou cumprindo, dobrando de seis para doze milhões”, disse o senador. Wladimir agradeceu: “Esses R$ 12 milhões não resolvem tudo, mas são um gesto concreto para manter os serviços de saúde que atendem não só a Campos, mas toda a região”.

 

Durante a passagem por Brasília, o prefeito também destacou, em suas redes sociais, o apoio do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que se solidarizou com a crise vivida pelo município.

 

“Nossa luta segue ganhando cada vez mais apoiadores, que também denunciam a covardia ao fazerem politicagem com a saúde da população campista e de toda a região”, escreveu Wladimir. Ele ainda agradeceu publicamente: “Agradeço pelas palavras do deputado federal Carlos Jordy e dos demais parlamentares que se solidarizaram com essa situação absurda e inaceitável que estamos enfrentando”.

 

A paralisação dos atendimentos regionais foi deliberada na noite de terça-feira (8), em reunião do CMS. No dia seguinte, o conselho voltou a se reunir, agora com representantes da sociedade civil organizada, Ministério Público e Defensoria Pública. Uma das decisões foi enviar um novo ofício solicitando audiência com o governador, caso não haja solução até a próxima segunda-feira (14).

 

A promotora de Justiça Maristela Naurath, da 3ª Promotoria de Tutela Coletiva de Campos, criticou o uso político do orçamento público. Segundo ela, o grupo técnico do MPRJ analisou os dados orçamentários do Estado e não encontrou justificativa plausível para a suspensão dos repasses. “O SUS só se sustenta quando os repasses são feitos com base em critérios técnicos e não políticos”, alertou.

 

Já a defensora pública Carolina Hannig reforçou que a Defensoria tem acompanhado de perto a crise, destacando relatos de desabastecimento em hospitais e falhas na rede contratualizada. Para ela, a solução passa por diálogo e responsabilidade. “A judicialização em massa não é o caminho. A população quer atendimento, não ter que recorrer à Justiça para garantir um direito básico”, afirmou.

 

A reunião também contou com a participação de diversas entidades representativas da sociedade civil, como Lions Club Campos Planície, Fraternidade Campista, Associação Amigos do Rim, Acic, Apape, SindSaúde, Crefito-2, Irmãos da Solidariedade e Campos Shopping. O prefeito segue em Brasília em busca de mais apoios e soluções para a crise, que já ultrapassou os limites da política local.

 

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Com cofinanciamento estadual suspenso, Wladimir Garotinho denuncia politicagem e garante R$ 14 milhões em emendas para manter atendimentosA crise na saúde pública de Campos dos Goytacazes ganhou novo capítulo nesta quarta-feira (9), com o prefeito Wladimir Garotinho indo a Brasília em busca de apoio político e institucional para enfrentar a suspensão do cofinanciamento estadual. O impasse, que já afeta o atendimento a pacientes da região, foi denunciado na Câmara dos Deputados pelo parlamentar Otoni de Paula (MDB-RJ), que classificou como “inadmissível” o prejuízo à população por conta de divergências políticas.A suspensão do atendimento a pacientes de outros municípios, decidida pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS), gerou forte repercussão. O prefeito afirma que tentou de todas as formas um diálogo com o governador Cláudio Castro e o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar, mas foi ignorado.“Enviamos ofícios, pedimos reuniões, buscamos todas as vias institucionais; porém, estamos sendo ignorados. É um silêncio cruel. E, enquanto isso, vidas estão em risco”, declarou Wladimir, já da capital federal.Ainda pela manhã, o prefeito anunciou a conquista de uma verba de R$ 2 milhões, após reunião com o deputado federal Gutemberg Reis. Horas depois, ao lado do senador Carlos Portinho, conseguiu mais R$ 12 milhões em emendas parlamentares:“Estamos liberando R$ 12 milhões em emendas impositivas. O que prometi, estou cumprindo, dobrando de seis para doze milhões”, disse o senador. Wladimir agradeceu: “Esses R$ 12 milhões não resolvem tudo, mas são um gesto concreto para manter os serviços de saúde que atendem não só a Campos, mas toda a região”.Durante a passagem por Brasília, o prefeito também destacou, em suas redes sociais, o apoio do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), que se solidarizou com a crise vivida pelo município.“Nossa luta segue ganhando cada vez mais apoiadores, que também denunciam a covardia ao fazerem politicagem com a saúde da população campista e de toda a região”, escreveu Wladimir. Ele ainda agradeceu publicamente: “Agradeço pelas palavras do deputado federal Carlos Jordy e dos demais parlamentares que se solidarizaram com essa situação absurda e inaceitável que estamos enfrentando”.A paralisação dos atendimentos regionais foi deliberada na noite de terça-feira (8), em reunião do CMS. No dia seguinte, o conselho voltou a se reunir, agora com representantes da sociedade civil organizada, Ministério Público e Defensoria Pública. Uma das decisões foi enviar um novo ofício solicitando audiência com o governador, caso não haja solução até a próxima segunda-feira (14).A promotora de Justiça Maristela Naurath, da 3ª Promotoria de Tutela Coletiva de Campos, criticou o uso político do orçamento público. Segundo ela, o grupo técnico do MPRJ analisou os dados orçamentários do Estado e não encontrou justificativa plausível para a suspensão dos repasses. “O SUS só se sustenta quando os repasses são feitos com base em critérios técnicos e não políticos”, alertou.Já a defensora pública Carolina Hannig reforçou que a Defensoria tem acompanhado de perto a crise, destacando relatos de desabastecimento em hospitais e falhas na rede contratualizada. Para ela, a solução passa por diálogo e responsabilidade. “A judicialização em massa não é o caminho. A população quer atendimento, não ter que recorrer à Justiça para garantir um direito básico”, afirmou.A reunião também contou com a participação de diversas entidades representativas da sociedade civil, como Lions Club Campos Planície, Fraternidade Campista, Associação Amigos do Rim, Acic, Apape, SindSaúde, Crefito-2, Irmãos da Solidariedade e Campos Shopping. O prefeito segue em Brasília em busca de mais apoios e soluções para a crise, que já ultrapassou os limites da política local.