Meu familiar foi diagnosticado com depressão. E agora?

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Por Dra Mayara Cezario| Coluna: Primeiro a mente.

Receber a notícia de que alguém que amamos está em sofrimento psíquico pode ser difícil. É comum que surjam muitos pensamentos, como: Por quê? Como posso ajudar? O que vai acontecer agora?

O primeiro passo é compreender que essa pessoa precisa, antes de tudo, de apoio. Mas atenção: isso não significa que ela vá entrar em detalhes sobre seus sentimentos com você. Evite fazer muitas perguntas, isso pode deixá-la desconfortável. Em vez disso, uma frase simples como “Estou aqui caso precise de mim” pode ser muito mais acolhedora.

Lembre-se: a vida não é uma competição de sofrimento. Comentários como “tem gente passando por coisas piores” não ajudam em nada – pelo contrário, podem piorar o mal-estar.

Evite questionar se a pessoa vai precisar tomar “muitos remédios” ou “por muito tempo”. O mais importante é garantir que ela esteja em acompanhamento regular com um bom psiquiatra e incentivá-la a seguir com as consultas periódicas.

Tenha em mente que cada jornada é única. Um medicamento que funcionou bem para um conhecido pode não ser o ideal para outra pessoa – e tudo bem.

Ofereça ajuda prática: acompanhar em consultas, auxiliar com a organização dos remédios, ou simplesmente lembrar do dia da consulta com uma ligação carinhosa. Nos primeiros momentos do tratamento, isso pode fazer muita diferença.

Estimule hábitos saudáveis, mas sem tom de cobrança. Haverá dias difíceis, em que até sair da cama será um desafio, e tudo bem.

Por fim, o mais importante é: ajude, mas não dite regras. Apoio não combina com sufoco.