A escalada autoritária de Alexandre de Moraes não é apenas um ataque ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas uma afronta direta ao Estado de Direito, à Constituição Federal e às liberdades civis dos brasileiros. Em nome de uma “democracia” que só existe no discurso, o ministro do Supremo Tribunal Federal tem se comportado como um verdadeiro imperador da República, impondo censura prévia, ignorando o devido processo legal e perseguindo adversários políticos com a frieza de um regime ditatorial.
O Brasil está diante de um grave desvirtuamento institucional: a justiça deixou de ser cega e se tornou militante. Alexandre de Moraes, que deveria ser guardião da Constituição, passou a agir como seu maior violador. Sua atuação vai além dos limites legais. Ele se julga o senhor da verdade, o dono do Brasil, e transformou sua caneta em instrumento de repressão política.
Jair Bolsonaro, eleito por mais de 57 milhões de brasileiros em 2018, e que recebeu mais de 58 milhões de votos em 2022, tem sido alvo de uma campanha implacável de humilhação pública. O ex-presidente está sendo tratado como inimigo de Estado, com cerco jurídico, censura e medidas claramente desproporcionais. Sua liberdade de expressão foi cerceada, seus direitos políticos estão em risco, e sua dignidade está sendo sistematicamente atacada, não por ações comprovadas em processo justo, mas por decisões monocráticas e inquéritos obscuros, abertos sem base legal sólida.
Enquanto Lula viaja o mundo, se alia a ditadores e ignora os problemas reais do Brasil, Moraes transforma o STF em instrumento de perseguição. O ex-presidente é impedido de se manifestar, seus aliados são censurados nas redes sociais e jornalistas independentes são intimidados. Vivemos uma nova era: a da censura prévia, das decisões sem contraditório, da criminalização da opinião.
O Brasil não pode aceitar passivamente esse novo autoritarismo togado. Não há democracia sem liberdade de expressão, sem ampla defesa, sem limites ao poder. Alexandre de Moraes pode até vestir toga, mas suas ações lembram mais as de chefes de regimes totalitários do que as de um ministro de uma corte constitucional.
Chegamos ao ponto em que discordar do ministro virou crime. Questionar eleições, expor fatos, apontar falhas virou motivo de inquérito. O STF, que deveria ser símbolo de equilíbrio e respeito à Constituição, virou palco de arbitrariedades e personalismo.
A suprema humilhação imposta a Bolsonaro é apenas o sintoma mais visível de uma doença institucional: o abuso de poder. E se o povo não reagir, se o Congresso continuar omisso, se as instituições seguirem de joelhos, em breve nenhum brasileiro estará a salvo. O silêncio agora será a mordaça de amanhã.
O Brasil precisa despertar, antes que a liberdade vire apenas uma lembrança distante.
Por William Dornelas Jornalista – Colunista Independente